Murcof é uma palavra enigmática que esconde mais um fantástico músico latino-americano culturalmente exilado na Europa. No caso um mexicano, Fernando Corona.
Murcof tem um lugar peculiar e estranho na música, entre o depressivo e o silêncio. É um lugar só seu, que também bebe do experimentalismo e de um certo Jazz nórdico, contemplativo e quase àrido.
"Rostro" tem quase 4 anos. Apareceu no disco revelação para muitos, "Remembranza".
Murcof faz recordar Virginia Astley, mas também o seu quase conterrâneo Ricardo Villalobos, se se desligasse a electricidade. É afinal uma música com dotes terapêuticos, capaz de fascinar e enlear. Como qualquer bom medicamento, precisa ser tomado na dose certa, para que não mate e faça viver.
A IMAGEM: David Guttenfelder, 2024
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