quinta-feira, 31 de agosto de 2006

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Gilles Peterson, um hiperactivo

Gilles Peterson é um radialista da BBC, mas também um DJ requisitadíssimo, ainda um editor visionário, um estudioso com motivação inesgotável, um descobridor de talentos excepcional, um tipo ainda jovem, um carimbo de qualidade, uma surpresa de há largos anos, quase todos os anos.
Em suma, Gilles Peterson é um verdadeiro hiperactivo. E ainda bem.
Não querendo desviar o focus da actualidade, importa reter o disco lançado há alguns meses pela UBIQUITY Records e que em Portugal só agora se encontra, mas apenas com algum faro (atenção à variação de preços, uma autêntica aberração): Gilles Peterson Digs America.

Em pleno ano de ouro para as compilações e em geral para as buscas de fitas tidas por perdidas ou antes negligenciadas, o pecúlio Soul (mas também Funky, Jazz e até Country) que Gilles Peterson desenterrou e nos dá a ouvir neste àlbum é histórico, um verdadeiro acontecimento que merece de todos um esforço de urgente descoberta.
E de descoberta pois que a totalidade dos artistas chamados ao palco eram absolutamente desconhecidos até agora. E no entanto magníficos.

Como já escreveu Ricardo Saló, apetece agora ir à procura das inúmeras edições em que dispersamente muitos deles foram por certo publicando nas últimas décadas e saber sobre todos e perguntarmo-nos depois onde temos nós andado para até agora desconhecermos criadores deste calibre.

Para a cena musical Soul, Gilles Peterson Digs America pode vir a ter o significado que Buena Vista Social Club teve para a nova vaga de divulgação da música cubana. Com uma diferença: os protagonistas de Gilles não estarão já vivos. Muito tarde afinal ... talvez.

Nino Moschella


Nino Moschella em The Fix, particularmente nas primeiras canções do alinhamento, parece retomar um tal Jamie Lidell, mas em melhor.
E dizer isto já é muito, se lembrarmos em Multiply, de Lidell, uma das excelentes obras musicais Pop de 2005.
Nada sabemos do que está antes, apenas nos deixámos levar por sugestão amiga.

E apetece usar um qualificativo trivial e dizer que The Fix, Didn't You See Her ou Strong Man são um verdadeiro espectáculo, e tudo o mais neste àlbum suficientemente bom para figurar nos happy few que o fim de ano há-de consagrar...ao menos para nós, aqui no DIVERSUS.



segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Os Twilight Circus Dub Sound System (TCDSS)

Há músicas que, uma vez contactadas, não nos trazem somente prazer, antes se constituem uma necessidade, qual imperativo biológico. Ryan Moore e os seus TCDSS estão nesta categoria.

A sua música nunca se pretendeu inovadora. Foi sempre uma revisitação do mais que maduro dub, embora em leitura mais pesada, num estilo em que claramente eles preponderam, o heavy dub.
Baseados na Holanda, são já muitos os seus àlbuns publicados, quase todos excepcionais.
Mas um entre eles tocou-nos muito especialmente: aquele cuja capa reproduzimos, "Other Worlds of Dub".




Fica o convite para a escuta por amostragem de quase toda a sua discografia, neste site aqui, alguma coisa também no MySpace, e depois para a experiência mais demorada, em qualquer ponto de escuta mais a sério, perto de si. A FNAC tem quase sempre profusa oferta, embora dispendiosa.

Voltaremos um dia aos TCDSS, talvez para falarmos de um dos outros grandes discos, quase certamente de "Binshaker Dub".

"Into the West", da DreamWorks de Spielberg, na SIC, aos domingos à noite: imperdível


... sendo certo que esta madrugada passaram 2 de 6 episódios desta série, em Portugal chamada de "Á Conquista do Oeste", há mais 4 para não perder.