Tim Burton e Johnny Depp e o que tinha de ser: uma obra-prima

Estão enormes Tim Burton e Johnny Depp em "Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street", recentemente estreado em salas portuguesas.
De Burton espera-se sempre espectáculo, criatividade superlativa, fantasia. "Sweeney Todd" tem tudo isso e mais aquela magia que torna alguns filmes brilhantes, quando poderiam ter sido apenas bons. E um bom filme já não é assim tão frequente encontrar-se.
Mas este não é apenas um filme. É um super musical, com a voz cantada de Johnny Depp a fazer lembrar Peter Hammill. A força da música, devidamente honrada pela sala 4 do Monumental, todo o cromatismo, muitas vezes próximo do preto-e-branco, as fantásticas cenografias, o magnífico "acting" de todos os personagens, tudo junto resulta naquilo que comummente se designará de obra-prima.
Os votantes do obrigatório IMDB votam-no aliás como o filme 198 da história do cinema, exactamente duas posições acima de "Ed Wood". Bem curioso este resultado.