Musicalmente, teria várias possibilidades, nas férias que se seguirão.
Poderia pôr em dia a audição de muitas músicas acumuladas, ou reescutar álbuns que só ligeiramente escutei e que um dia me surpreenderão por lá de dentro se soltarem cançonetas que a desatenção perdeu em tempo certo.
Poderia tentar um ou outro festival, percorrer alguns dos concertos que o Verão ainda nos guardou.
Mas não. Nas férias o caminho é entre o que a rádio (Antena 2 ou Oxigénio) escolher e Heitor Villa-Lobos, o músico erudito maior que o Brasil viu nascer e que na sua vida fez casar a música dos salões e salas de ópera com os sons que a Amazónia e o interior profundo dos pantanais e das selvas tinham, têm, para ao mundo oferecer.
Ou seja, não vou ao Brasil em corpo, como tantos milhares de férias. Irei ao melhor que a alma brasileira criou para nos revelar. Brasil, o país do futuro, o lugar mágico mas ainda em construção onde o português, África e o mundo novo se juntaram numa encruzilhada de fábula. É para aí que vou em férias, com a música do (talvez) melhor de todos os brasileiros que já viveram.
Voltarei à escrita e ao Diversus em Setembro.
Casein - couteaux
Há 3 horas