O único disco (de vinil) que tenho do pianista de Jazz Oscar Peterson é este "Action - Vol. 1: exclusively for my friends", gravado em 1968 e que adquiri na Feira da Ladra, por alguns 100 escudos, aqui há uns 25 anos.

Há 20 anos estive de facto bem perto de encarar mais a sério o Jazz. Mas não cultivei suficientemente e fraquejei, pois o Jazz exige mais do ouvinte, mais disponibilidade, mais inteligência, muito mais esforço. Exige afinal um verdadeiro "amadorismo", em sentido próprio, de amor.
Tenho no entanto a convicção de que o Jazz, lugar das "emoções serenas", será estação a que chegarei um dia.
E porquê falar aqui e assim de Oscar Peterson?
Porque, agora que morreu, relembro que foi com ele, antes de Bill Evans, Chet Baker, Charles Mingus, Don Cherry, Kenny Burrell, John Coltrane e Miles Davis, que se estabeleceu o primeiro marco para a minha entrada neste mundo Jazz de que já gosto, um Jazz feito muitas vezes de "standards", mas sempre com transpiração criativa, elegante e sempre com fulgor na alma.