1. Inspiration Information 3. Mulatu Astatke & the Heliocentrics
2. Liedgut. Atom TM
3. Still Night, Still Light. Au Revoir Simone
4. Bitte Orca. Dirty Projectors
5. The bright Mississipi. Allen Toussaint
6. II. Lindstrom & Prins Thomas
7. Rules. the Whitest Boy Alive
8. Let's change the world with music. Prefab Sprout
9. Take my breath away. Gui Boratto
10. Dr. Boondigga & the Big Bw. Fat Freddys Drop
11. Nuclear evolution: the age of love. the Sa-Ra Creative Partners
12. Lord Newborn & the Magic Skulls. Lord Newborn & the Magic Skulls
13. Midtown 120 blues. DJ Sprinkles
14. Breath & Vulgar. In Flagranti
15. Merryweather Post Pavillion. Animal Collective
16. March of the Zapotec and Realpeople Holland. Beirut
17. the Burgenland dubs. Ian Simmonds
18. Blackbelt Andersen. Blackbelt Andersen
19. Moderat. Moderat
20. Noble Beast. Andrew Bird
21. Yonder is the clock. the Felice Brothers
22. plays the Dining Rooms. Christian Prommer's Drumlesson
23. Hospice. the Antlers
24. Blacksummer's night. Maxwell
25. Structure. Black Jazz Consortium
26. Hold Time. M. Ward
27. Tummaa. Vladislav Delay
28. Veckatimest. Grizzly Bear
29. the XX. the XX
30. the future will come. the Juan MacLean
31. Hard Islands. Nathan Fake
32. the Pains of Being Pure at Heart. the Pains of Being Pure at Heart
33. Space beyond the Egg. the Emperor Machine
34. Tradition in transition. Quantic & his Combo Barbaro
35. What have you done my brother?. Naomi Shelton & the Gospel Queens
36. Vs. Children. Casiotone for the Painfully Alone
37. Symptoms. AGF/Delay
38. Treasury library canada (2006-2009). Woodpigeon
39. Begone Dull Care. Junior Boys
40. Brooklynati. Tanya Morgan
41. Sometimes I Wish We Were An Eagle. Bill Callahan
42. Beware. Bonnie Prince Billy
43. Immune. Bodycode
44. Grains. Boozoo Bajou
45. Set'em Wild, Set'em Free. Akron Family
46. Ballads. Ekkehard Ehlers
47. Songs About Dancing and Drugs. Circlesquare
48. Ben Harper & Relentless 7: White lies for dark times. Ben Harper
49. Gris Gris. MachineFabriek
50. Good or Plenty, Streets + Avenues. Animal Hospital
sábado, 19 de dezembro de 2009
os 50 melhores álbuns de músicas Pop de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
um semi-adeus ao Diversus
O Diversus lá fez o seu caminho de largos anos. Neste finalzinho de 2009 entendemos que já faz pouco sentido separar a música do resto da vida. Será por isso no lugar em que falamos mais da vida em geral, no Café Clube, que as músicas e o resto do Diversus continuarão a passar mais regularmente.
Este não é o momento da morte do Diversus. É apenas a ocasião em que experimentaremos a força da música no seu meio mais natural. Como se a vida fosse um café concerto.
Uma coisa é certa, voltaremos ao Diversus sempre que o fôlego necessário for maior. Será o caso das listas Diversus, dentro de semanas. Aqui mais em extensão, no Café em versão mais reduzida. Vemo-nos por aí.
domingo, 1 de novembro de 2009
da dor de quando morrem as nossas referências
E morrer aos 59 anos é uma daquelas injustiças que o António Sérgio, eu e não sei quantos milhares que o conhecemos e com ele "navegámos" não mereciamos.
a noite em Lisboa de Jon Hassell, o filósofo
Esperei alguns dias para escrever sobre o concerto de quarta-feira de Jon Hassell, acontecido no Teatro Maria Matos.
No fim Jon Hassell veio lamentar-se de uma performance em seu entender desapontante. Talvez também essa desconcertante atitude tenha relativizado o efeito do que se tocou nessa noite de Lisboa.
Como um dia um poeta popular bem perguntava, pode alguém ser quem não é?
A música mais recente de Jon Hassell deixou-se seduzir por uma dimensão onírica que em termos de precedentes consigo situar no chamado Jazz nórdico, que também em Lisboa já antes escutei a John Surman ou terje Rypdall. A música de agora (última década) de Jon destaca-se pelo quase paisagismo tão patente em "Last Night the Moon Came Dropping Its Clothes in the Street", o portentoso disco de 2009.
Nada de errado pois em fazer assentar uma performance ao vivo na produção mais recente com a Maarifa Street, hoje, por sinal, integrando dois músicos moruegueses.
Ainda antes da auto-crítica final do génio norte-americano já o público tinha provado o respeito pelo resultado daquela ida. Não entusiasmo, mas respeito. Não bateu palmas entre trechos, mas aplaudiu longamente no fim dos quase 80 minutos.
É que não se tratava de um concerto Pop. Jon Hassell nunca foi um músico Pop.
Quanto a nós, sentimos bem o efeito nocivo do demasiado Pop que enche a nossa melomania de hoje. É preciso escutar ainda melhor Jon Hassell e aqueles que como ele estão além da tentação popular. Vem daí a conclusão de ter sido este um dos meus concertos do ano. Foram 80 minutos de um utilíssimo alerta cultural.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
as canções dos anos 2000
Por aqui e acolá muita gente vai fazendo balanços da primeira década. O Diversus é em si mesmo o lugar de já muitos balanços. Começamos então também hoje, neste caso com o primeiro desfile das canções com video que esta década deixou.
Como é costume, deve entender-se esta como uma escolha de agora. Dentro de alguns anos, ou apenas meses, a escolha seria obviamente outra.
sábado, 10 de outubro de 2009
discos de 2009: "Sometimes I Wish We Were an Eagle", de Bill Callahan
videos:
a capa:
lugares de encontro: Myspace; ; Amazon; Pitchfork; Ipsilon/PÚBLICO;
e porquê? Bill Callahan trouxe-nos com esta colecção de canções uma nova obra-prima? Não. "Sometimes I Wish We Were an Eagle" é apenas uma obra extraordinária de interioridade, portadora de um humanismo de proximidade, feita de sentimentos próximos e reconhecíveis. Aqui tudo é simples e sublime. Por agora, que levamos apenas uns poucos meses de conhecimento com o que gravou em 2009, atrevemo-nos somente a dizer que é outra vez muito gostoso escutar Bill e a sua voz grave, certo que pouco rica em cores, mas muito natural.
Bill Callahan, como já aqui várias vezes se escreveu, é com Kurt Wagner dos Lambchop e com Howe Gelb dos Giant Sand, parte do tríptico fundamental que nas últimas duas décadas resgatou o brilho da música de raiz rural norte-americana. Neste disco isso sente-se. Outra vez.
Labels: discos de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
há filmes mais belos que outros
"Into the Wild", um filme com dois anos de Sean Penn, fala de um caso real, o caso de Christopher.
O caso de Christopher foi passado a livro e depois adaptado por Sean Penn, que o tratou com seriedade, com carinho, com humanidade.
Christopher procurava pela sua identidade e julgava-se capaz de a encontrar na solidão mais extrema.
Porque morre ao tentar ser feliz e porque encontra a revelação do maior segredo da felicidade, a partilha, Christopher enganou-se e não se enganou.
O filme não tem de facto um fim feliz. A não ser para o espectador, que pode amá-lo. É um muito belo filme.
Labels: filmes
sábado, 3 de outubro de 2009
discos de 2009: "March of the Zapotec/RealPeople Holland", de Beirut
video:
capa:
lugares de encontro: wikipedia; Pitchfork; Artist Direct; Myspace
e porquê? a música deste duplo EP de 2009 é extraordinariamente bonita, tão bonita quanto sempre foram as canções que já antes conheciamos a Beirut/Zach Condon. Como eram as outras, também estas são simples e tristonhas melodias e os metais que nos enchem os ouvidos são certeiros, poderosos, parecem-se às vezes com vozes, às vezes com choros, outras com gritos. Não há na música popular outros metais assim, como não recordo outro som que em 2009 ultrapasse este que se reune em "March of the Zapotec/Realpeople Holland" em pura elegância. Um disco primoroso, este.
Labels: discos de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
os discos de 2009: "Noble Beast", de Andrew Bird
video:
capa:
lugares de encontro: casa; bodyspace; allmusic
e porquê? "Armchair Apocrypha" tinha sido já um fantástico instrumento de revelação para os do Diversus. É preciso reconhecer que "Noble Beast" não melhora o nível magnífico e provavelmente irrepetível da obra de 2007. O que faz é acrescentar caminhos, somar ideias, recuperar com novas contribuições o brilho próprio que o criador de Chicago tem vindo a consolidar, o de um dos mais notáveis sons do classicismo Pop deste nosso tempo. E se é isso que "Noble Beast" nos traz, então terá de se reconhecer que é muito.
Labels: discos de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
os discos de 2009: AGF/Delay, "Symptoms"
video:
capa:
lugares de encontro: Boomkat; casa; eclectric culture; Myspace
e porquê? Vladislav Delay e AGF andam há já muito tempo na trilha dos sons subtis, ali na orla da electrónica, ora fazendo quase puro experimentalismo, ora entrando de sopetão no que poderiamos designar de post-melodismo. Os sons de "Symptoms", estranhamente tão perto dos do grande "Liedgut", de Atom TM, demonstram-nos como o descontrutivismo sonoro, o chamado "back to the bone", pode ser a chave do som de 2009, a sua marca definidora. E é decerto um som que aqui no Diversus conseguimos amar. Este é um dos discos do ano, sem mais.
Labels: discos de 2009
a melhor série dramática vista este ano é "Brotherhood"
"Brotherhood" fala-nos de Providence, nos Estados Unidos. Neste lugar dramático, o crime tem marcas italianas e irlandesas. A morte é comum e banal, mas os criminosos também têm família, também amam, também sofrem. Em "Brotherhood" o crime e a lei são muitas vezes aliados e o lugar de um e de outro é nada estanque.
Em exibição, em Portugal, no canal FX, sempre fora do "prime time", "Brotherhood" deixa-nos muitas vezes a sensação de ter ninguém de quem possamos gostar inteiramente, a quem possamos aderir. De facto, se ninguém é perfeito, e isso bem sabemos, os Caffee de Providence e todos os demais personagens da série quase nos roubam a esperança de que haja humanos que possam um dia chegar ao céu. A julgar por ali, ninguém conseguirá.
Labels: séries
sábado, 26 de setembro de 2009
Mulatu Astatke: o melhor concerto de há muito muito tempo
O recente e surpreendente anúncio da vinda do velho egípcio vibrafonista Mulatu Astatke (no âmbito do evento Africa.cont) já o fazia prever.
Hoje, no novo espaço para a fruição musical dos lisboetas designado de "Tercenas do Marquês", na rua das Janelas Verdes, Mulatu Astatke deveria poder fazer um grande concerto.
E fez.
Fez um concerto melhor até que aquele tão grande que o ano passado vi Tony Allen fazer no CCB.
Em palco com 8 músicos, Mulatu revelou melhor ainda que no já de si gigante disco de 2009 (Inspiration Information) o concentrado de "pós mágicos" de que se faz a sua música.
Ali se encontram e confundem a erudição que Mulatu cultivou na Europa, a latinidade de um certo estilo, patente até na fisionomia e na indumentária, ali se sentiu um sentido orquestral de raíz obviamente Jazz, de forte dançabilidade, ali vi e percebi a mística de um certo "groove" de matriz inequivocamente africana.
O melhor concerto deste ano, o melhor de há largos anos a esta parte, durou menos de hora e meia. Soube a muito pouco em face de tanta música.
No final, Mulatu disse várias vezes "we love you". Muita gente mais passou a amá-lo certamente também depois desta noite.
Labels: live
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
a grande força de Burial
Há dias o excelente DJ Ride levou à brilhante rádio Oxigénio esta magnífica remistura de Burial. Para quem não sabe, há na gíria da melomania uma etiqueta para esta reroupagem: chamam-lhe dubstep. Nesses domínios, Burial é palavra mágica, sabem já alguns.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
as fantásticas listas de músicas da Pitchfork
O sítio da Pitchfork é ponto de passagem obrigatório para a compreensão das músicas novas, ou das que antes já foram novas e lá estão também.
Claro que há outros sítios como o da Pitchfork, o sítio da Metacritic, da PopMatters, da Juno, da Discdogs, entre outros.
O que os outros (com a honrosa excepção do habitué Metacritic) não têm é um investimento em listas como a Pitchfork fez agora mesmo. Virtualmente, fizeram listas para quase todos os tempos. E parece que essa é empresa não terminada.
Aqui fica o desafio, para que o leitor deambule longamente por estes sítios que elencam e escolhem de entre as nossas memórias. Até autores como o Hans-Peter Lindstrom foram chamados ao compromisso da escolha.
domingo, 23 de agosto de 2009
a proeza de Ian Simmonds
Proeza neste homem é a constância. Ian Simmonds está activo desde pelo menos 1992, quando tocava guitarra-baixo nos Sandals. O seu trajecto desde então fez-se de incursões cada vez mais intensas nos territórios da fusão musical, naquelas zonas que ninguém sabe muito bem dizer o que são. Ele que nos Sandals parecia tentado pelos formatos definidos, vagamente Pop.
"The Burgenland Dubs" nem é sequer um grande álbum. Na verdade, é somente um disco de Ian Simmonds. Mas o que é importante é ser uma criação de 2009, que nos diz do estado da arte deste homem que ainda há três anos editava sob o nome de Wise in Time. O que já parecia ser um programa e pêras para uma vida que se preze.
sábado, 22 de agosto de 2009
o César Viana
Conhecia mal, ou melhor, mal conhecia César Viana. Até ontem. Ontem escutei-o a falar da sua migração para Belgais.
Do César o músico, ou do erudito, pode conhecer-se o percurso no sítio do MIC, ou no Myspace.
O César compõe, o César interpreta, o César dirige, o César ensina.
O que ontem muito me sugestionou foi escutar algumas histórias do César, como a história de um cão que em Belgais o escutou um dia tocar flauta e do César se aproximou. Era um cão sem dono, um cão só de si mesmo.
A composição era do César e estava em processo de elaboração, em ensaios. Sempre que o César começava a ensaiá-la o cão aproximava-se e encostava-se-lhe às pernas. Na gravação que ontem escutei, algumas lamúrias do cão são audíveis.
É por isso uma composição de flauta com cão.
O César disse ainda outras coisas muito engraçadas, como por exemplo que quando vivia em Lisboa nunca tinha tempo. Agora, que vive perto de Castelo Branco, consegue ter tempo para tudo o que quer fazer.
sábado, 15 de agosto de 2009
o que o meu Julho legou ao meu ano
terça-feira, 28 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Michael Jackson e a memória
Todos sabemos que a memória é sempre selectiva, e é efémera, e deixa ficar preso por resíduos o âmago das coisas e das pessoas.
Michael Jackson foi um bom músico Pop, bem trabalhado pela indústria e genialmente reformatado por um fantástico produtor musical, Quincy Jones.
O álbum "Off the Wall", em 1979, cristalizou o melhor de Michael. Já o bom disco de canções que é "Thriller" tinha sobretudo a mão de Quincy, no género "featuring Michael Jackson".
Estou a caricaturar, é claro.
O facto é que depois de "Thriller" Michael deixou de existir enquanto fenómeno musical vivo. Continuou depois o fenómeno cultural, cada vez mais extra-musical.
Quando por estes dias, levianamente, por todo o lado se ouve falar de Michael como o "rei da Pop", é preciso registar bem que a música Pop não tem nem nunca terá reis. Nem mesmo Elvis Presley. Nem tão pouco os Beatles.
A música Pop é como a memória, efémera por definição e felicidade. Quanto muito, grandes fenómenos Pop têm boas fases, períodos de brilho. Mas depois sempre perdem fulgor e evanescem naturalmente. A Pop é necessariamente orgânica.
E, não saindo da América e da negritude, Marvin Gaye, Curtis Mayfield, ou até Prince seriam sempre mais "reis" que Michael foi ou poderia ter sido.
Mas tenho de reconhecer que composições com a força deste "Don't Stop 'Til You Get Enough", a abertura de "Off the Wall", podem suscitar legítimas dúvidas sobre se Michael Jackson tinha ou não, afinal, o rasgo tão próprio dos génios.
domingo, 5 de julho de 2009
os discos grandes de Junho
Joshua Redman em Cascais é já no dia 9
quinta-feira, 2 de julho de 2009
a provada vitalidade dos Soapbox
Os Soapbox fazem uma música encantadora e mostraram esta noite, na Musicbox, que têm a força necessária para se afirmarem como um dos melhores projectos activos da cena portuguesa. Foi um concerto pleno de pujança, maduro, tecnicamente refinado, culturalmente absorvente.
Percebe-se um belíssimo trabalho de coesão, onde pontua uma excelente secção rítmica (a Sally e o Jota), uma guitarra versátil e dominadora (do Simão), teclados e sons virtuais manipulados com elevado sentido profissional pelo Coach e há a voz do Gonçalo, mais longe da inspiração Antony, por isso mais perto da sua própria banda, que conduz e em que se integra magnificamente.
Falta agora o registo em disco, com os cuidados que permitam consagrar o que não deve perder-se, a força deste excelente momento de musicalidade dos Soapbox.
Labels: live
segunda-feira, 15 de junho de 2009
uma colecção de maravilhosas canções
Juntaram-se em 1975 e novamente em 1977.
Bill Evans era já o grande pianista Jazz "cool" por excelência. Tony Bennett era um cantor "mainstream", famoso q.b., um "crooner" sempre na sombra do grande Frank Sinatra. Sem menosprezo, poderiamos chamá-lo de cantor de série B.
O resultado das suas gravações conjuntas, sempre mais referidas que escutadas, foi muitas vezes dito como notável. Agora os editores fizeram o que poucos já aguardavam, juntando e retrabalhando tão raro e pequeno pecúlio em apenas dois discos.
Mesmo ainda antes de a escutar convenientemente (ás lojas de discos somente chegará nos próximos dias) eis por certo aqui uma das grandes compilações de canções do ano editorial em Portugal.
domingo, 14 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Madness, "Forever Young"
E ontem, no Pavilhão Atlântico, os Madness poderiam ter dado um grande concerto. Mas falhou o som, falhou a sala, falhou o acerto técnico de quem organizou.
Não falhou o elenco de músicas, nem tão pouco a força interpretativa.
Mas foi bom, "malgré tout", ter a ocasião de enfim ver Suggs e companhia não muito longe da atitude de há 30 anos.
Labels: live
sábado, 6 de junho de 2009
da vida de Maio
terça-feira, 2 de junho de 2009
o Andrew Bird mostrou no S. Jorge ser um cantor à medida da Alexandra
"Segunda-feira, 25 Maio, fazia um calor que facilmente nos transportava para a vontade de estar numa esplanada com uma musiquinha, e uma cervejinha na mesa.
Mas não, rumámos até à capital para assistir ao Concerto do Bird.
A primeira vez que ouvi falar de Andrew Bird, foi precisamente aqui no "diversus", blogue que visito regularmente para me actualizar sobre as novidades musicais.
Raramente escrevo este tipo de comentários, mas é um exercício giro e certamente com o decorrer do tempo, melhorarei.
Então, o Andrew Bird, imagino que seja um trintinha, e é giro que se farta, só olhar para ele é um consolo.
Para além de ter uma voz potentíssima, trata por tu todos os instrumentos musicais que toca, e depois, assobia magnificamente.
O concerto realizou-se no Cinema S Jorge em Lisboa, e embora os bilhetes tivessem sido comprados quase um mês antes já só havia lugares lá em cima.
Assim, decidi levar os binúculos.
Levar binóculos é sempre bom para nos apercebermos de muitos pormenores que, de outra forma, seriam imperceptíveis, como as nuvens brancas das suas meias azuis, já que ele se descalçou no fim da primeira música.
Tímido, envergonhado, mas com um charme irresistível, captou desde logo, todo o público presente, que era muito diverso.
Elogiou várias vezes o publico português que ele diferencia de outros publicos, por sermos grandes entusiastas da suas músicas, e isso foi visível em alguns momentos em que tivemos de o acompanhar com palmas e também a cantar.
Depois de duas horas de espectáculo, sozinho em palco a cantar a assobiar e a tocar, ainda voltou três vezes.
Por fim, e esta parte, achei deliciosa, foi agarrar no seu macaquinho de peluche que esteve todo o concerto em cima de uma coluna, e nas suas botas, e saiu.
Assim um bocadinho tipo, vou para a caminha, estou cansado.
Um charme!
Fiquei fã do Bird.
A Alexandra Guedes Vaz escreve, aliás, pinta, ou, melhor ainda, exibe as suas sempre tocantes "produções artísticas", regularmente, no miniAGV e cada vez mais país fora.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Twilight Zone, ou o fantástico por excelência à mão de semear
Em Portugal existem poucos motivos de verdadeira satisfação dos nativos. Um desses é a recentíssima reedição em DVD da primeira série de "Twilight Zone/A Quinta Dimensão", tal como criada por Rod Serling e primeiramente divulgada em 1959.
Não serão muitos os exemplares disponíveis por aí, pelo que fica aqui o desafio para o conhecimento ou revisionamento da que é, na minha opinião, a melhor série televisiva jamais feita no registo da chamada "ficção científica".
Labels: séries
domingo, 24 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
domingo, 3 de maio de 2009
sete razões para a nossa festa em Abril
sábado, 2 de maio de 2009
quinta-feira, 30 de abril de 2009
segunda-feira, 27 de abril de 2009
sobre "Huff", uma das melhores séries televisivas dos últimos anos
Recordo as melhores cinco: "Band of Brothers", "The Sopranos", "Generation Kill", "Wire", "Weeds".
Pois "Huff", uma série da Showtime, é a sexta grande série da última meia década.
Foram apenas duas épocas. O público não lhe concedeu grandes favores e o mercado ditou a sua lei terminal. O seu enredo, os seus personagens, não nos oferecem cenários esperançosos. Tudo, os indivíduos, as famílias, as carreiras, os valores, tudo parece em crise, irreparável, meio perdido, em "Huff". Mas não é o mundo assim mesmo, em boa parte sem esperança, apenas permitindo o que em bom inglês se diria como algum "damage control"?
PS: "Huff" foi exibida em Portugal pelo canal do cabo "Fox", e tem vindo a ser reexibida.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
um grande disco é sempre um grande disco
The Pains of Being Pure at Heart é um nome, uma marca. Já o som destes jovens de Nova Iorque é bem mais que isso. É uma façanha artística.
Há quem com eles recorde Jesus and Mary Chain. Eu recordo antes June Brides. Tudo de há 20 anos.
Mas há laivos de Vampire Weekend também.
É preciso conseguir ter espírito livre para toda a força que este som tem. Ou então ter cabeça de 20 anos. E é já um dos grandes discos de 2009.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
sábado, 18 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
o megafone de Algés
Em 1981 eu estudava de noite, tendo inaugurado um pré-fabricado por detrás das linhas de comboio na zona de Algés. O Ministério da Educação fadava-o para uns provisórios 3 anos (e há poucos anos ainda era lá que se dava aulas).
Aí se estreava então (1980/1981) o 12º ano em Portugal.
Tinha de resto sido minha sina ir estreando coisas no sistema escolar, do 7º unificado ao então 12º foram todos de enfiada.
Mas a história, hoje e aqui, é outra.
Em plena Primavera, bem na praça central de Algés (hoje lugar do terminal rodoviário, por debaixo do acesso ao viaduto que nos leva à CRIL), instalou-se uma enorme tenda de circo.
Todas as noites, aí pelas 11 da noite, quando eu apanhava o autocarro para retornar à minha casa da Estrela, o DJ tocava Comsat Angels e o "Eye of the Lens". Terá o circo lá estado 1 mês. Pois foram pelo menos 30 passagens desta cançoneta.
Não era por amplificação convencional tipo PA. Era um simples megafone amplificado. Talvez por isso, pelo som básico, elementar, cru, não estereofónico, tocado a plenos pulmões por um pobre megafone de há 28 anos, talvez por isso "Eye of the Lens" ficou comigo como um emblema de um certo tempo de modernidade. Da modernidade de então.
Elemento curioso desta memória é que aquele single não estava disponível no circuito comercial em Portugal e eu tive de esperar anos para lhe pôr a mão. Com o que se conclui que não há limites para a inovação. Até de uma tenda de circo alguém pode mexer com consciências e atitudes.
Mas, voltando ao som, se tocado hoje a alguém com os meus 18 anos de então, esta música dos Comsat Angels parecerá banal, muito "eighties". Exactamente como então os dos "eighties" nos riamos do certo exagero no sentido de modernidade que os que viveram os "sixties" ainda sentiam.
E afinal, o que é a modernidade? That's life.
Eye of the Lens - Comsat Angels
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