Conhecia mal, ou melhor, mal conhecia César Viana. Até ontem. Ontem escutei-o a falar da sua migração para Belgais.
Do César o músico, ou do erudito, pode conhecer-se o percurso no sítio do MIC, ou no Myspace.
O César compõe, o César interpreta, o César dirige, o César ensina.
O que ontem muito me sugestionou foi escutar algumas histórias do César, como a história de um cão que em Belgais o escutou um dia tocar flauta e do César se aproximou. Era um cão sem dono, um cão só de si mesmo.
A composição era do César e estava em processo de elaboração, em ensaios. Sempre que o César começava a ensaiá-la o cão aproximava-se e encostava-se-lhe às pernas. Na gravação que ontem escutei, algumas lamúrias do cão são audíveis.
É por isso uma composição de flauta com cão.
O César disse ainda outras coisas muito engraçadas, como por exemplo que quando vivia em Lisboa nunca tinha tempo. Agora, que vive perto de Castelo Branco, consegue ter tempo para tudo o que quer fazer.