"Segunda-feira, 25 Maio, fazia um calor que facilmente nos transportava para a vontade de estar numa esplanada com uma musiquinha, e uma cervejinha na mesa.
Mas não, rumámos até à capital para assistir ao Concerto do Bird.
A primeira vez que ouvi falar de Andrew Bird, foi precisamente aqui no "diversus", blogue que visito regularmente para me actualizar sobre as novidades musicais.
Raramente escrevo este tipo de comentários, mas é um exercício giro e certamente com o decorrer do tempo, melhorarei.
Então, o Andrew Bird, imagino que seja um trintinha, e é giro que se farta, só olhar para ele é um consolo.
Para além de ter uma voz potentíssima, trata por tu todos os instrumentos musicais que toca, e depois, assobia magnificamente.
O concerto realizou-se no Cinema S Jorge em Lisboa, e embora os bilhetes tivessem sido comprados quase um mês antes já só havia lugares lá em cima.
Assim, decidi levar os binúculos.
Levar binóculos é sempre bom para nos apercebermos de muitos pormenores que, de outra forma, seriam imperceptíveis, como as nuvens brancas das suas meias azuis, já que ele se descalçou no fim da primeira música.
Tímido, envergonhado, mas com um charme irresistível, captou desde logo, todo o público presente, que era muito diverso.
Elogiou várias vezes o publico português que ele diferencia de outros publicos, por sermos grandes entusiastas da suas músicas, e isso foi visível em alguns momentos em que tivemos de o acompanhar com palmas e também a cantar.
Depois de duas horas de espectáculo, sozinho em palco a cantar a assobiar e a tocar, ainda voltou três vezes.
Por fim, e esta parte, achei deliciosa, foi agarrar no seu macaquinho de peluche que esteve todo o concerto em cima de uma coluna, e nas suas botas, e saiu.
Assim um bocadinho tipo, vou para a caminha, estou cansado.
Um charme!
Fiquei fã do Bird.
A Alexandra Guedes Vaz escreve, aliás, pinta, ou, melhor ainda, exibe as suas sempre tocantes "produções artísticas", regularmente, no miniAGV e cada vez mais país fora.