Nas músicas, em dois mil e oito, a diversidade do costume traz consigo qualidade nada habitual, em quase todos os estilos. A Pop parece renascer e dominar. A electrónica, nas suas inúmeras acepções e rítmicas, parece ter feito pousio, mas continua vibrante. O mesmo acontece com a Soul e o Funk, low profile mas uma forma belíssima. Nos estilos mais experimentais o que surge é bom, mas era já previsível. É certo que não há nada de verdadeiramente novo. Mas também não é preciso.
Das músicas o que esperamos é que venham muitas e boas, ora empolgantes, ora relaxantes, se possível desafiantes. E dois mil e oito dá-nos tudo isso em doses generosas. Não se descortina um álbum de canções esmagador, que a todo o panorama editorial se imponha. Pode ainda chegar. Se não vier, contentar-nos-emos com um lote impressionante de colecções, entre o bom e o muito bom. Faltam três meses para os balanços de toda a gente. Na base de dados do Diversus são já bem mais de cem os discos que merecem franco registo. É por isso que, nos lados das músicas, ninguém se poderá queixar do ano da graça de dois mil e oito.