terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Oscar Peterson morreu no domingo passado

O único disco (de vinil) que tenho do pianista de Jazz Oscar Peterson é este "Action - Vol. 1: exclusively for my friends", gravado em 1968 e que adquiri na Feira da Ladra, por alguns 100 escudos, aqui há uns 25 anos.


Não sou um especialista de Jazz, nem sequer serei um amador. Não frequento o meio Jazz, fui umas 3 vezes ao Hot Clube de Lisboa e de concertos fiquei-me sobretudo pelo Jazz em Agosto, iniciativa do Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, pela mão de Madalena Perdigão, na primeira metade dos anos 80.

Há 20 anos estive de facto bem perto de encarar mais a sério o Jazz. Mas não cultivei suficientemente e fraquejei, pois o Jazz exige mais do ouvinte, mais disponibilidade, mais inteligência, muito mais esforço. Exige afinal um verdadeiro "amadorismo", em sentido próprio, de amor.

Tenho no entanto a convicção de que o Jazz, lugar das "emoções serenas", será estação a que chegarei um dia.
E porquê falar aqui e assim de Oscar Peterson?
Porque, agora que morreu, relembro que foi com ele, antes de Bill Evans, Chet Baker, Charles Mingus, Don Cherry, Kenny Burrell, John Coltrane e Miles Davis, que se estabeleceu o primeiro marco para a minha entrada neste mundo Jazz de que já gosto, um Jazz feito muitas vezes de "standards", mas sempre com transpiração criativa, elegante e sempre com fulgor na alma.