sábado, 28 de abril de 2007
"Give it time"
Rock Rendez-Vous, Rua da Beneficiência, ali à Gulbenkian, numa noite de Primavera, em 1987, há por isso 20 anos.
Os Woodentops deixaram-me um dos grandes concertos da minha memória, por alturas da revelação lisboeta de um dos sons mais leves e belos de meados da década de 1980, aquele que se encontra no raríssimo (mesmo em cd) álbum "Giant".
Foi uma vinda única a Lisboa esta dos Woodentops, que pouco depois se extinguiriam.
Quanto à sala da zona do Rego, poucos mais anos duraria também e a sua atmosfera tão peculiar, palco da revelação de uma geração inteira de músicos portugueses e de tantos sons então sem edição discográfica local, não mais a reencontrei na grande metrópole.
Eram também 24 anos, fim de ciclo, fim de namoro, fim de faculdade, início de tanto mais.
"Give it Time", dizem os Woodentops. Grande ideia numa grande canção.
The Go-Betweens, "Bachelor Kisses"
O primeiro sinal, talvez, que da Austrália podiam chegar canções perfeitas foi com esta brilhante canção de um belíssimo álbum, "Spring-Hill Fair". Grant McLennan morreu a 6 de Maio de 2006. Quase tudo o que fez depois de "Bachelor Kisses" roçou a perfeição prometida. E a morte de um grande é sempre uma merda.
Mi-Sex, "Computer Games", ou as grandes canções no YouTube
Australianos de uma só canção para a história, os Mi-Sex fizeram "power play" no "Rock em Stock" do FM da Rádio Comercial, em 1980. Ainda hoje é refrescante.
quarta-feira, 25 de abril de 2007
"A River Runs Through It" e Robert Redford
Há várias passagens que são pura poesia, poesias propriamente ditas (entre as quais o poema natural que é o Blackfoot river em Montana) e frases de antologia, que apetece registar para a elas voltar amanhã, depois e depois.
Escolho duas, citando de memória, sem aspas: pode-se amar completamente alguém sem compreender completamente quem se ama; nem sempre podemos ajudar quem mais amamos, aliás raramente podemos, pois quantas vezes como saberemos que parte de nós entregar ao outro que sentimos que de nós precisa?
Mais um grande filme para recordar nas nossas memórias do ano.
domingo, 22 de abril de 2007
Au Revoir Simone
sábado, 21 de abril de 2007
quarta-feira, 18 de abril de 2007
domingo, 15 de abril de 2007
"You go to my head", por Frank Sinatra
Uma das melhores canções jamais ouvidas, jamais escritas, jamais cantadas. Mais tarde, Bryan Ferry, pior, e Mathilde Santing, melhor, não escaparam a imitar o inimitável, mas revelaram reforçadamente a gerações subsequentes de que matéria se faz às vezes o céu.
Thief, "Hold on, Hold on"
Eles são Axel Reinemer e Stefan Leisering, boa parte dos Jazzanova, o full line up dos Extended Spirit (que saudades!) e assinam um dos álbuns que fazem de 2007 um ano para ficar na história: "Sunchild".
Panda Bear e "Bros"
Como quer que seja Lisboa ficará no roteiro musical do ano, com a ajuda do seu mais notável habitante, conhecido no mundo por Panda Bear. O álbum "Person Pitch" não é fácil, embora percorra sonoridades a lembrar muitas infâncias, entre as que já tivemos e as que sonhamos ter amanhã.
E depois há o clip, qualquer coisa de sui generis, ilustrativo soberbo para esta sonoridade também ela tão única.
Amon Tobin e um dos álbuns do ano, "Foley Room"
A composição chama-se "At the end of the day" e encerra o álbum. Um breve mas magnífico desvario sonoro (e também visual, este clip e tanto).
Amy Winehouse em "Rehab"
Todos gostamos da Amy por aqui e arredores. Porquê? Sobretudo por este "Rehab",a meio caminho entre 1960 e agora, quando quer que seja este agora.
Alice Russell - Hurry On Now
E quando uma voz branca soa tão negro como as grandes senhoras negras da voz? Provavelmente será sempre então a voz de Alice Russell, parceira de referência de Mr. Holland e da sua Quantic Soul Orchestra.
as Au Revoir Simone em Sad Song
Que estranho nome e que tão belo resultado este, das Au Revoir Simone. É decididamente um dos mais auspiciosos álbuns deste 2007, com uma mão cheia de canções que uma vez entradas ficam dentro, algures entre a orelha e o coração.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
terça-feira, 10 de abril de 2007
Patrick Wolf, "The Magic Position"
Diz a sabedoria do nosso povo que "não há uma sem duas". Aplicada a máxima a Patrick Wolf quer isto dizer que depois de um disco saboroso, em 2006, já se sabia que o de 2007 haveria de ser tão bom. Engano. A produção de 2007 de Patrick é ainda bem melhor. Trata-se de um Pop daqueles bem velhinhos, enredado nas premissas dos anos 1980, devedor aos ABC, um pouco aos Associates e à Human League e depois bebedor nos anos 90 da seiva de um Perry Blake ou dos Pulp de Jarvis Crocker. O suco desta salada de frutas é notável e deveras refrescante, a fazer prever grandes coisas para a noite de 18 de Abril, no Lux.
segunda-feira, 9 de abril de 2007
sábado, 7 de abril de 2007
sexta-feira, 6 de abril de 2007
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Mario Biondi e a Itália de que gostamos
domingo, 1 de abril de 2007
Massive Attack com Terry Callier em Live With Me
Há dias em que necessitamos ouvir vozes assim, como a de Terry Callier. E quando Terry junta esforços à banda maravilha de Bristol, então temos mesmo acontecimento, como indiscutivelmente aqui se ouve.
David Oistrakh a tocar Claude Debussy, em "Clair de Lune"
Para quem não acredita em magia, aí está a demonstração de que há mesmo magia. É ouvir este David Oistrakh na transcrição de perlimpimpim deste "Clair de Lune", ela mesma uma composição quase celestial.
4hero e "Play WIth the Changes"
Do melhor álbum do primeiro trimestre de 2007 um cheirinho, com a quase lisboeta Ursula Rucker na condução das vozes.
É preciso lembrar que estamos em Abril, o primeiro mês inteiro da Primavera?