Em 1970 antevia-se o século seguinte. “We The People Who Are Darker Than Blue” é nada menos que isso, uma viagem do tempo, como se Curtis tivesse viajado 3 décadas e regressado para reinterpretar o mundo do século XXI.
E claro que “Curtis” é um disco de síntese, não podendo existir sem o Jazz moderno dos 60, sem os Blues, sem os cantos Gospel, sem a Soul standard, sem a Pop mais colorida e sem Hendrix. É isso mesmo, Curtis Mayfield reescrevia e antecipava. É ouvir então, este que é apenas um pedaço de uma enorme obra prima, só verdadeiramente percebida as tais 3 décadas depois.