Com Good Bread Alley, Carl assina o seu melhor esforço, solidificando um percurso sempre em crescendo de poesia e intensidade.
Espaço muito próprio, entre o declamativo/discursivo e o Soul de extracção Marvin Gaye/Curtis Mayfield, o Carl Hancock Rux de 2006 assenta mais um grande pilar numa obra que encontra a genialidade com frequência - já em 1994 o NY Times antevia nele um dos 30 nova-iorquinos com maior influência cultural para a década seguinte - e que nos apetece cada vez mais encostar na prateleira junto de Ursula Rucker, a grande senhora de Philadelphia (também presente em 2006, embora com percurso qualitativamente inverso, do sublime para sempre um pouco menos que sublime).