Eis um som encantador, para alinhar no escaparate dos Lambchop, ou dos Smog, num registo meio Country, meio Pop, mas definitivamente superior.
Still Lookin' Good At Me é já de 2003, mas ainda assim será sempre novidade, uma vez dado aos ouvidos escutar a magia desta banda norte-americana, liderada por Howe Gelb.
segunda-feira, 31 de julho de 2006
The Band of Blacky Ranchette: a última descoberta.
sexta-feira, 28 de julho de 2006
Uma DJ Battle em família
Um private post para variar: é que o Diversus esteve de algum modo representado na rádio Oxigénio nesta tarde de 6ª fª, pelas escolhas, mas também pelo calor e pelo humor que o ZEFM (quase a estrear-se neste cantinho, para nos falar das músicas, mas também do cinema, do teatro, de pintura e de muito mais) e o Simão Martins - no fim, o vencedor tangencial - souberam emprestar à sua presença.
Franz Ferdinand, Strokes, White Stripes, Razorlight, Kurt Cobain, Coldcut c/ Roots Manuva, Desmond Dekker c/ os Specials, Product 01, Pat Boone e os !!! alinharam na festa e ajudaram numa emissão inesquecível, onde pontuaram a sempre espantosa Isilda Sanches e o mais surpreendente publicitário ouvido nos últimos tempos na rádio, o Tomás Martins.
Fica a reportagem fotográfica para a imortalidade, com a (não solicitada, mas presumida aceitação da) Isilda.
Ainda Steve "The Scotsman" Harvey
Temos de partilhar com o mundo ser The Everyday People Project volume One seguramente o melhor disco de 2006, decorridos 7 dos seus doze avos.
Que nos desculpem os leitores e também Nathan Fake, mas já não bastava Where Has The Love Gone ser a maravilha Soul que há meses descobríramos, não é que fomos agora reconhecer em Shake It Off um grande estalo a caminho entre o Pop, o Hip-Hop e o Funk?!
segunda-feira, 24 de julho de 2006
Wise in Time
Ian Simmonds começou há anos muito forte, primeiro como SANDALS, em seguida com um excepcional disco em nome próprio. Mais tarde passou a chamar-se The Juryman.
Agora, como Wise in Time, Mr. Simmonds escreve em The Ballad of Den the Men mais uma página digna na sua arte Pop.
E é também este mais um excelente contributo para o que chamariamos de fileira anti-climax das edições de 2006 (a acompanhar as publicações de Burnt Friedman, Scott Walker, Donald Fagen, ou Matthew Herbert, por exemplo), num ano bem cheio de pluralidade.
domingo, 23 de julho de 2006
um novo foco de prazer: a WEFUNK
Mérito do HitDaBreakz (link aqui ao lado), acabámos de conhecer a WEFUNK, uma rádio disponível em live stream e que se dedica com grande exaustão ao terreno Funk.
Acrescentamos o caminho à nossa lista de ligações e deixamos nota de que temos doravante mais uma grande opção à sempre fértil Oxigénio, no que à música popular respeita.
Ocasião também para nos interrogarmos se não haveria lugar em Portugal para uma antena que tirasse melhor partido da abundância de novos públicos que sentem no funk, na soul, mas também nas sonoridades africanas, francófonas, anglófonas ou lusófonas, caminhos óbvios para uma nova abordagem radiofónica, capazes de servirem os auditórios mais ricos!? Uma espécie de Super Oxigénio, não?
quarta-feira, 19 de julho de 2006
N.O.W.
In a Space Outta Sound não é propriamente novo. Mas é definitivamente uma das marcas fortes deste 2006.
E depois há capas que são um programa em si mesmas. Esta então é puro espectáculo.
domingo, 16 de julho de 2006
Os Sonic Youth, "Rather Ripped" e o Pop directo
Os Sonic Youth à sua maneira são jovens e isso nota-se quando se ouve.
Por outro lado eles são quase os últimos sobreviventes da onda Pop dos anos 80 ainda activos e vivos, muitos outros estando activos mas já definitivamente mortos e enterrados.
O trajecto foi o mais surpreendente, a fazer lembrar o antiquíssimo mas tão moderno Lou Reed, que 22 anos depois da estreia assinava, em 1989, o seu àlbum mais jovem de antes como de depois: New York.
E New York de Reed muito a propósito de "Rather Ripped", o ponto em que os Youth como que reescrevem as origens, assinando um som naïf e melódico, tão característicamente ligado às primeiras obras.
Mas que não haja enganos, foi há 24 anos já que estes cavalheiros se estrearam, pouco depois, em 1986, produzindo um disco que ficaria na história da música, EVOL (LOVE ao contrário, quase EVIL, de mal). Mas EVOL era melódico e agreste, onde este "Rather Ripped" se ouve como doce de Páscoa.
Depois vieram tantos mais sinais magníficos, a comprovarem a marca de heróis Pop deste grupo de Jim, Kim, Lee, Thurston e Steve: Sister, Daydream Nation, Goo, A thousand leaves, entre outros.
Pop directo da melhor cepa, o disco de 2006 dos Sonic Youth merece ser ouvido uma e outra vez, na certeza de que há grande arte por aqui.
E depois é bom saber-se que estes nova-iorquinos tocaram entre 13 de Junho e hoje mesmo, dia 16 de Julho, 29 vezes, sempre nos Estados Unidos. Sinal de que os americanos perceberam a mensagem e sentem neste "Rather Ripped" algo de especial. Também nós, afinal.
sexta-feira, 14 de julho de 2006
de Melbourne, Austrália, os Bamboos
quinta-feira, 13 de julho de 2006
O adeus dos Grandaddy
No adeus, o sempre interessante grupo de Modesto, Califórnia, está excelente.
Just Like the Flamby Cat é um consciente ponto final de carreira, deixando apontamentos Pop-Rock a fazer lembrar o espectacular e nunca ultrapassado início, com The Sophtware Slump.
Jeez Louise (ouvir também por este link a versão acústica e ao vivo da cabeça criativa dos Grandaddy, Jason Lytle) e Summer, It's Gone são duas das canções chave para um Verão melhor e com lugar já cativo no Top das criações de 2006.
Já Rear View Mirror, outra paragem obrigatória de Just Like the Flamby Cat , dá-nos o ensejo de vermos, aqui, um muito interessante clip, mérito do YOUTUBE.
domingo, 9 de julho de 2006
Escutar de novo Cat Power
Não é fenómeno novo e é seguramente compensador gostar mais e mais de um disco quanto mais se ouve.
Por vezes gosta-se pouco da primeira, um poucochinho mais em seguida e de repente experimenta-se um grande salto gustativo.
Sucedeu-nos isso com The Greatest, de Cat Power.
Estamos aliás convencidos que iremos gostar mais ainda dentro de umas 10 audições mais.
Ou seja, toca a ouvir, OK?
segunda-feira, 3 de julho de 2006
The Haçienda Classics
O que poderia fazer juntar em 2006 Peter Hook (dos New Order), com os produtores, mentores e outros etcaeteras, Tony Wilson e Martin Hannett?
Resposta: Manchester e a sua Haçienda, ou seja The Haçienda Classics.
domingo, 2 de julho de 2006
Lefties Soul Connection: sons com alma, de autores quase sem nome
Os sons de hoje confundem-se mais e mais com os sons de ontem, e todos eles com os sons de sempre.
Dito de outro modo, muito do melhor que se dá a conhecer em 2006, deve quase tudo aos sons com alma negra que de há 20, 30, 40 anos ficaram legados para a posteridade.
São decerto muitas audições e vivências com Curtis Mayfield, Marvin Gaye, ou George Clinton, ainda com Bob Marley, algum Fela Kuti por certo também, e com tantos outros menos conhecidos que a várias das mais recentes gerações vão moldando a pulsão criativa.
Têm sido tantos e tão estimulantes os revivalistas com grande produção revelada este ano que quase já lhes perdemos a conta - Jhelisa, The Invisible Session, Steve Harvey, The Bamboos, Quantic, etc. Acrescentamos agora os Lefties Soul Connection .
Têm sede em Amsterdam e a verdade é que estavam quase sem história, antes do seu estoiro editorial, já em 2006.
Contam no entanto com vinis vários com grande procura (quase todos reunidos em Hutspot), e terão tido assinalável sucesso nas performances públicas, sobretudo na Holanda natal e no Reino Unido.
O som pesado e gordo, mas vivo (deep funk e raw soul, palavrões novos para designar a crueza deste som), que ouvimos em Hutspot não parece ser ponto de partida, antes um momento de fecho de ciclo, possivelmente até de consagração.
Palavras talvez já demais para chegarmos à conclusão de tratar-se este de mais um grande disco de 2006, animado pela força inesgotável do grande coração Soul, muito enfatizado aqui por um órgão Hammond tocado maravilhosamente por Alviz, um destes 4 cavalheiros brancos e europeus de Amsterdam.
Inescapável finalmente é ver nos Lefties assim como que o contraponto Funk aos grandes congéneres do heavy dub, os Twilight Circus Sound System, essa outra força fantástica da interpretação europeia contemporânea do mesmo paradigma cultural (Twilight a que voltaremos decerto um destes dias), por coincidência também com base conhecida na mesma Holanda.