quinta-feira, 30 de abril de 2009
segunda-feira, 27 de abril de 2009
sobre "Huff", uma das melhores séries televisivas dos últimos anos
Recordo as melhores cinco: "Band of Brothers", "The Sopranos", "Generation Kill", "Wire", "Weeds".
Pois "Huff", uma série da Showtime, é a sexta grande série da última meia década.
Foram apenas duas épocas. O público não lhe concedeu grandes favores e o mercado ditou a sua lei terminal. O seu enredo, os seus personagens, não nos oferecem cenários esperançosos. Tudo, os indivíduos, as famílias, as carreiras, os valores, tudo parece em crise, irreparável, meio perdido, em "Huff". Mas não é o mundo assim mesmo, em boa parte sem esperança, apenas permitindo o que em bom inglês se diria como algum "damage control"?
PS: "Huff" foi exibida em Portugal pelo canal do cabo "Fox", e tem vindo a ser reexibida.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
um grande disco é sempre um grande disco
The Pains of Being Pure at Heart é um nome, uma marca. Já o som destes jovens de Nova Iorque é bem mais que isso. É uma façanha artística.
Há quem com eles recorde Jesus and Mary Chain. Eu recordo antes June Brides. Tudo de há 20 anos.
Mas há laivos de Vampire Weekend também.
É preciso conseguir ter espírito livre para toda a força que este som tem. Ou então ter cabeça de 20 anos. E é já um dos grandes discos de 2009.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
sábado, 18 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
o megafone de Algés
Em 1981 eu estudava de noite, tendo inaugurado um pré-fabricado por detrás das linhas de comboio na zona de Algés. O Ministério da Educação fadava-o para uns provisórios 3 anos (e há poucos anos ainda era lá que se dava aulas).
Aí se estreava então (1980/1981) o 12º ano em Portugal.
Tinha de resto sido minha sina ir estreando coisas no sistema escolar, do 7º unificado ao então 12º foram todos de enfiada.
Mas a história, hoje e aqui, é outra.
Em plena Primavera, bem na praça central de Algés (hoje lugar do terminal rodoviário, por debaixo do acesso ao viaduto que nos leva à CRIL), instalou-se uma enorme tenda de circo.
Todas as noites, aí pelas 11 da noite, quando eu apanhava o autocarro para retornar à minha casa da Estrela, o DJ tocava Comsat Angels e o "Eye of the Lens". Terá o circo lá estado 1 mês. Pois foram pelo menos 30 passagens desta cançoneta.
Não era por amplificação convencional tipo PA. Era um simples megafone amplificado. Talvez por isso, pelo som básico, elementar, cru, não estereofónico, tocado a plenos pulmões por um pobre megafone de há 28 anos, talvez por isso "Eye of the Lens" ficou comigo como um emblema de um certo tempo de modernidade. Da modernidade de então.
Elemento curioso desta memória é que aquele single não estava disponível no circuito comercial em Portugal e eu tive de esperar anos para lhe pôr a mão. Com o que se conclui que não há limites para a inovação. Até de uma tenda de circo alguém pode mexer com consciências e atitudes.
Mas, voltando ao som, se tocado hoje a alguém com os meus 18 anos de então, esta música dos Comsat Angels parecerá banal, muito "eighties". Exactamente como então os dos "eighties" nos riamos do certo exagero no sentido de modernidade que os que viveram os "sixties" ainda sentiam.
E afinal, o que é a modernidade? That's life.
Eye of the Lens - Comsat Angels
sábado, 11 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
o regresso dos Boozoo Bajou
A Florian Seyberth e Peter Heider devo a melhor sessão de DJ que já vivi, poucos anos atrás, em Lisboa.
Já em disco, os Boozoo Bajou fizeram um dia (2001) "Satta", um verdadeiro monumento, e depois dispersaram-se pelos seus outros interesses. Remisturaram, editaram, puseram muita gente a dançar mundo fora, dedicaram-se à revisitação e divulgação de arquivos antigos, com canções de outros.
Apesar de ter-se revelado um bom álbum, "Dust My Broom" (2005) estava aquém da exigência que o mundo impunha a Florian e a Peter.
Ou seja, durante anos, a sua música estiolou.
Até que surge este "Grains".
Não será, provavelmente, dos melhores alinhamentos de canções que este ano as listas destacarão. Mas é o melhor que os Boozoo Bajou fizeram desde "Satta". E isso já é, em si mesmo, um valor cultural excepcional.