"Weeds", Mary-Louise Parker e "Little Boxes"

Começou na passada segunda-feira (na RTP2, pelas 22.40, +/-) a exibição da 2ª série de "Weeds".
"Weeds" tem tudo para ser a grande série televisiva dos últimos anos que é.
Tem o nome mais improvável para uma pequena cidade, mesmo norte-americana, "Agrestic".
Tem um humor extraordinário, que flui sem esforço e decorre naturalmente do fio da história.
Tem uma história de fundo (o tráfico de erva feito às claras por uma mãe de família branca, de classe média) que é em si mesma realista, cómica e difícil, mas plausível.
Tem verdadeira "luta de classes", aparecendo os diferentes traços "étnicos" muito próximo dos estereótipos, como nós os imaginamos mesmo.
Tem os personagens ficcionais mais engraçados e risíveis que se possa imaginar, e ao mesmo tempo amáveis, mesmo quando detestáveis na ficção.
Tem Mary-Louise Parker, uma morena quarentona com o mais belo sorriso de que há memória nos últimos anos, em qualquer ecrã.
Tem finalmente "Little Boxes", a bonita canção de Pete Seeger que somente agora todos descobrimos, na interpretação mágica de Malvina Reynolds.

Apetece dar parabéns à RTP2 por ter acreditado na série, mas por outro lado que merda RTP2, nem uma promoçãozita decente a esta série, que em minha opinião ultrapassa até o mérito do também extraordinário mundo de Tony Soprano e amigos!?
Para os distraídos a boa notícia de que a FNAC lançará em Setembro um DVD com o compacto de toda a primeira série (10 episódios).

Ben Harper, "In the Colors"

The National, "Mistaken For Strangers"

Gogol Bordello, "Start Wearing Purple"

Amy Winehouse, "Back to Black"

"Back to Black" tem tudo o que um clássico tem e parece remeter-nos para as gavetas mais escondidas da Stax Records ou da Motown, anos 60. Mas não, é um grande som de agora, fresquinho de 2007.

Squeeze, "Up the Junction"

As canções dos Squeeze, da fase 1979-1981, representam na perfeição aquilo a que se chamou de "New Wave", classificação redutora do que nós melhor chamariamos de renascimento Pop, o período entre 1977 e 1982, em que ao "Punk" se seguiu a explosão da música popular de raiz anglófona, em quase infinitas direcções e matizes.

The Sweet Vandals, "Do It Right, Do It Wrong"

2007 tem som para dar e vender, demonstração neste caso com origem em Madrid, quando se pensaria que tão suculentas sonoridades soul só pudessem vir de terras mais austrais, ou então do génio de Will Holland, Mr. Quantic. Mas eis que o vírus da alma inquieta, da alma que dança, alastra, contaminando terras e gentes antes preservadas.

Alex Gopher, "The Child"

Nightmares on Wax, "Les Nuits"

Smog/Bill Callahan, 2 demonstrações

A música de Bill Callahan é, em definitivo, uma das minhas grandes descobertas dos últimos anos.

"Don't Let Me Be Misunderstood", um super-clássico de Eric Burdon na voz de Nina Simone

... o remix de Nex Millen (sobre a voz de Nina)



... a versão light-disco dos Santa Esmeralda



... finalmente, a leitura de master Costello

Elvis Costello, "Every Day I Write the Book"

"Jalousie", 2: o trio Dancing on Strings

"Jalousie", de Jacob Gade. Uma paixão muito nossa.

Elvis Presley, "You Don't Have To Say You Love Me"

Nicole Willis & the Soul Investigators, "If This Ain't Love (Don't Know What Is)"

The Knack, "My Sharona"

O video está péssimo, mas esta música será sempre óptima.

Groove Armada, "I See You Baby" (remix de Fatboy Slim)

Cansei de Ser Sexy (CSS), "Let's Make Love and Listen to Death From Above"

Se em 2005 o palco foi absolutamente dos !!!, em 2006 os velhinhos Gang of Four revisitaram energias com 25 anos, o Paredes de Coura de 2007 será terreno para um só brilho: o das nova-iorquinas/paulistas CSS. É ponto assente.

!!! (Chk Chk Chk), "Must Be The Moon"

Nas vésperas de Paredes de Coura chega o momento certo para relembrar um dos grandes eventos da história do festival minhoto. Estava-se em 2005 e era O espectáculo de Nic Offer e seus !!!, aqui lembrado a partir do som editado em 2007, no álbum "Myth Changes".

M.I.A., "Birdflu"

Lá tinha M.I.A. de vir do Sri Lanka (ou será de Londres?) a Paredes de Coura - já segunda-feira às 23:00, também na tv, via SIC Radical - para com este som estranho mas desafiante, fresquinho de 2007, "estragar tudo" com as suas não-harmonias e sem vislumbre de melodias.

Groove Armada, "Song 4 Mutya"

Straycats, "Stray Cat Strut"

Jason and the Scorchers, "Absolutely Sweet Marie"

The Smashing Pumpkins, "Tonight, Tonight"

Lavender Diamond, "Open Your Heart" (ou o açúcar que 2007 tem)

UNKLE, "Burn My Shadow"

A voz dos UNKLE em 2007 não engana, é mesmo Ian Astbury.

David Bowie, "The Man Who Sold The World", ao vivo

Etienne de Crecy, "Someone Like You"

Crecy em segunda vaga, mais electro, mais rápido, a mesma genética.

Etienne de Crecy, "Prix Choc"

Podia ser pela coreografia de judo, mas é pela música que vem aqui o "Prix Choc". Mas podia ser também por inspiração de "Weeds" (Erva/Marijuana), a fabulosa série em exibição na RTP2 às segundas à noite, mas não, é por Etienne de Crecy e pela memória de um disco-bandeira da música Pop francesa que aqui nos chega este pedaço de "Super Discount".

Madlib, "Slim's Return"

Brian Eno & John Cale e a perfeição: "One Word"

King Crimson, "Matte Kudasai"

David Sylvian, "Orpheus"